Um Amor de Outono
Que dia frio de outono,
Observo as folhas mortas,
Jogadas no chão, ao abandono,
Triste jardim, sem dono.
Flores despedaçadas pelo chão.
O vento sopra, com sentimento,
Tentando ressuscitar , flores em vão,
Sopro divino, pétalas em movimento.
Espalham aromas de rosas,
A fluir no espaço etéreo ,
Em busca de vidas novas,
Para renovar todo esse mistério.
Da destruição a renovação.
Por certo que novas flores virão,
Novas folhas renascerão,
Para encantar a vida, e o coração.
Tal como a natureza, no abandono,
Eu também tive , dias de tristeza,
E me vi como um cão sem dono,
Na solidão , terrível, sutileza .
Agora como o vento que soprava.
O teu amor tentava, me ressuscitar, em vão
Pois já sabias, que eu em ti, não acreditava,
Foste cruel punhal , para ferir meu coração.
Nessa perene destruição,
Outra flor por certo ira brotar,
Bem dentro do meu coração,
Com novas folhas, minha vida renovar.
Daí, novo jardim florido,
Há de vir, nesse perdido outono,
Já, não me sinto esquecido,
Apesar de me encontrar no abandono.
Ronald Balbach, São Paulo, 03 de novembro de 2007.
RONALDO BALBACCH
Enviado por RONALDO BALBACCH em 03/11/2007
Alterado em 07/01/2008